[RESENHA] CONTO DE FADAS, do Stephen King, é meu novo livro de fantasia favorito! 🐕
Conto de fadas, do Stephen King,
foi lançado em 2022 pela Editora Suma. Inclusive, fiquei muito feliz de ter
recebido esse livro em parceria com a Editora. Você poderá conferir a resenha sem spoilers no vídeo ou no formato de texto logo abaixo:
Aqui nós vamos ter o Charlie, um adolescente, que certo dia escuta um pedido de socorro da cadela idosa do seu vizinho. Este é um idoso, recluso, rabugento e tinha fama de amedrontar as crianças do bairro que acabou sofrendo um acidente doméstico.
Além de socorrer esse senhor,
Charlie passa a ajudar o vizinho com tarefas domésticas e com os cuidados de
Radar, a cadela, durante o período de recuperação. Assim o rapaz faz duas
grandes amizades e a descoberta de um portal para outro mundo.
A primeira coisa que tenho a
falar é que de todos os livros lançados em 2022 esse era o que eu tinha mais
expectativas e sinto muito prazer em dizer que elas foram superadas! A 2ª coisa
é que se você é do grupo de pessoas que fala que tem “medo de ler livros do
King” por causa do terror, esquece isso! Porque esse livro é uma FANTASIA de
livro único!
Na verdade, esse livro caminha
entre o drama e a fantasia. No início, vamos conhecer algumas
situações vividas pelo protagonista ainda criança. Experiências que foram
moldando a personalidade dele e que no processo fazem a gente se afeiçoar a
ele.
O que mais gostei nessa construção é justamente o fato que o protagonista não é perfeito. Sim, ele é um garoto
bom! Inclusive, ele é mais responsável do que a maioria dos garotos de 17 anos,
mas tem um motivo para isso. Vocês vão entender quando lerem. Ele é estudioso,
respeita o pai, mas também tem suas frustrações, já fez algumas besteiras que
condizem com a sua idade e coisas do tipo. Isso o torna um garoto muito
real.
Sobre a construção da amizade com o idoso e a cachorra, talvez algumas pessoas achem essa parte um pouco
lenta. Não foi algo que me incomodou, mas o fato do livro já trazer a ideia que
vai ter uma fantasia, pode gerar uma ansiedade de querer ver logo a parte fantástica acontecendo. Mas
o King decide tomar o tempo necessário para nos mostrar o dia a dia deles para
que a gente vá se apegando aos personagens. Inclusive, achei muito bonito como o autor trabalhou a questão de como pequenas atitudes podem fazer diferença
no coração do outro.
Também tem um certo acontecimento
mencionado na sinopse, que mesmo sabendo o que ia acontecer... Eu ainda assim
senti muito quando estava lendo. Logo, podemos ver que tudo isso foi realmente
necessário para criar o vínculo emocional com o leitor e também gerar a
motivação do protagonista para quando a história fosse entrar na parte
fantástica.
Sobre a fantasia em si, achei
genial! Como o próprio título já diz, obviamente teremos muita inspiração em
contos de fadas. Inclusive, teremos o próprio personagem reconhecendo isso. O
livro possui referência a 3 Porquinhos, Guardadora de gansos, João e o pé de
feijão, O mágico de Oz e muitos outros contos de fadas, mas esse livro não é
releitura de nenhum deles. Ele é uma aventura com identidade própria!
O livro também traz referências a
outros autores e histórias, mas não é nada do tipo “se você não leu não vai
entender do que o King está falando”. Na verdade, você vai entender muito bem,
mas talvez te deixe curioso para ler outros livros. Por exemplo, eu fiquei com
muita vontade de ler “Algo sinistro vem por aí” por causa de um parágrafo desse
livro. O King soube referenciar sem fazer a história parecer uma mistureba. Ele não coloca referência “só
por colocar”. Elas tem um sentido e ajudam a compor a história sem deixar o
leitor com a sensação de perdido porque não assistiu certo filme ou não leu o livro citado.
Voltando ao Charli, algo que me
fez gostar muito dele é que ele quer viver essa aventura. A maioria das
histórias que vemos por aí, temos o protagonista não querendo está no mundo
mágico. O Charlie quer e ele tem um objetivo indo até lá! E pensem bem... Se você
tivesse essa oportunidade... Principalmente na sua adolescência, você não
ficaria nenhum pouco curioso? Eu, com certeza, me jogaria de cabeça.
Outra coisa que amei ver nesse é
livro, foi o King tirando o estereótipo de personagem de aventura e deixando a
história mais crível. Na maioria delas, temos aquele garoto que vive meio
isolado, não tem amigos, com a cara enfiada nos livros e é ruim em esportes ou
bem desajeitado. Sim, o Charlie realmente adora ler, mas também tem uma vida
social e até tem um perfil atlético por causa de alguns esportes escolares. A
verdade é que se a você não tiver o mínimo de preparo físico, você vai morrer.
Imagina: Você ter que correndo de um gigante e morrer porque simplesmente
faltou fôlego?! Parece um detalhe simples, mas fez muita diferença para mim. O
protagonista não está vivo simplesmente porque o roteiro quer. Ele está vivo
porque ele realmente foi capaz de superar aquilo.
Sobre a questão das descrições,
afinal muita gente reclama que os livros do King são muito descritivos e prolixos, realmente... Alguns livros, como por
exemplo “O talismã”, tem descrições demais, tem coisas que demoram demais pra
acontecer, mas aqui não. Achei que o King deixou na medida certa. Era realmente
necessário para criar o vínculo com o leitor, construir personagens e deixar
todo o cenário MUITO imersivo. Apesar do livro ser grande, ele tem uma ótima
fluidez.
Foi uma história realmente
INCRÍVEL para mim! Amei os personagens, as referências, a aventura em si e o final
me deixou muito satisfeita. Inclusive, para quem reclama dos finais do King, imagino
que este irá agradar bastante. Era a escolha certa! Com certeza foi uma
das MELHORES LEITURAS do ano para mim.
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