VLOG #19: Retornando à "Crepúsculo" lendo "VIDA E MORTE", de Stephanie Meyer 🍏🍎
Acredito que muitos já leram ou
pelo menos ouviram falar do livro "Crepúsculo", da Stephanie Meyer, publicado no
Brasil pela editora Intrínseca em 2008 . Nessa história conhecemos a Bella
Swan, uma adolescente que está indo morar com seu pai na cidade de Forks. Na
escola nova, conhece e fica deslumbrada por Edward Cullen. Mas essa paixão pode
ser perigosa já que ele é um vampiro.
Alguns anos depois, a autora resolveu brincar com a sua própria obra e reescrevê-la. Dando origem ao livro “Vida e Morte”, onde a premissa é basicamente a mesma, mas com algumas pequenas diferenças e os personagens possuem seus gêneros trocados. Os únicos que não tiveram essa mudança foram os pais do protagonista.
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Créditos na imagem |
Você pode conferir todas as minhas impressões sobre a leitura através do vlog de leitura ou da resenha abaixo (sem spoilers):
Beau é um pouco tímido, ruim em esportes, mas que até possui um senso de humor interessante. Assim como qualquer adolescente, possui inseguranças, mas a maneira que são apresentadas nesse livro o tornaram, para mim, um personagem melhor do que a Bella Swan. Apesar das inúmeras semelhanças entre eles, a Bella parecia ter uma aura mais melancólica que me desagradava muito.
Mesmo com o elemento
sobrenatural, o livro possui muitas cenas comuns e fáceis de imaginar na vida
de um adolescente. Inclusive é por este motivo que acredito que “Crepúsculo”
fez tanto sucesso. Era fácil se projetar para dentro da história e até se
identificar com a Bella ou Beau.
Sobre o relacionamento dele com a
vampira Edythe, há momentos em que o casal está genuinamente feliz, empolgado e
fazendo declarações de amor. Apesar de muitas pessoas julgarem que um período
de poucos meses é curto demais para dizer que “encontrou o amor da sua vida” as demonstrações de afetos são plausíveis. Afinal, quem nunca acreditou que o seu
namoro da adolescência seria para sempre? E há casos onde as pessoas realmente
se casam com o namorado da adolescência. Eu mesma sou prova disso!
Há cenas fofas entre o casal e o
fato da Edythe viver num limbo entre ser uma adolescente comum e querer mostrar
algumas vantagens do vampirismo (como incrível força e velocidade) podem gerar
algumas cenas engraçadas. Só que nem tudo são flores nesse relacionamento. Edythe
vive uma luta interna entre querer ficar perto e proteger seu amado, mas ao
mesmo tempo temendo por machucá-lo já que o cheiro do sangue dele é
terrivelmente atrativo.
Entre os outros personagens não
tiveram características onde me fizessem dizer que prefiro “Crepúsculo” ou “Vida
e morte”. Só que a autora nos dá migalhas sobre o passado deles, instiga a
curiosidade e não explora. Há alguns pequenos diálogos que nos faz acreditar
que, se ela quisesse, poderia escrever um outro livro inteiro só com a vida daquele
personagem (que com certeza seria mais interessante do que a história do casal
principal), mas ela abandona o leitor cheio de desejo e curiosidade e volta a
nos arrastar para o romance adolescente. Algo que para quem não é mais
adolescente ou não é muito romântico pode ser um incômodo. Para mim, caro
leitor, foi um PESADELO! Porque, mesmo que eu até curtisse alguns momentos do
Beau e da Edythe, comecei a sentir raiva durante a leitura porque era como se a
autora estivesse me DEVENDO livros. Ela poderia entregar pelo menos uns 3
livros com histórias diferentes, totalmente desvinculadas ao casal! Porque é
nítido que ela tem potencial e uma escrita fluída e gostosa, mas simplesmente
preferiu escrever 3 livros contando a MESMA história: Crepúsculo (original),
Sol da meia-noite (ponto de vista do Edward) e Vida e Morte (personagens com
gêneros trocados).
Ainda assim, consegui me apegar a
um personagem e fazer dele meu favorito: Charlie Swan, o pai do protagonista.
Ele é uma pessoa de vida simples, mas que se importa. Em pequenos momentos
podemos ver que ele está genuinamente feliz com a presença do filho, quer
agradar e demonstra preocupação se o filho está se adaptando a nova rotina além
de sentir um certo incômodo em deixá-lo muito tempo sozinho, já que está numa
fase onde o trabalho está exigindo mais dele. Afinal, como policial, ele
precisa investigar algumas mortes que aconteceram na floresta.
Achei que não chegaria a me importar tanto com um personagem, entretanto há aquela cena clichê onde o protagonista afasta o pai por amor, para protegê-lo, mas o Charlie merecia mais. Ele não precisava passar por todo aquele sofrimento! E apesar de ter sido uma situação que não me agradou, reconheço o quanto a autora consegue despertar sentimentos no leitor. Eu senti uma tristeza genuína e sofri junto com o personagem.
Diferente de "Crepúsculo", "Vida e
morte" é volume único. Então para quem já leu Crepúsculo, talvez fique fácil
prever o momento que define a mudança do final. Essa mudança me agradou porque
achei mais plausível que a obra original e nos poupa de mais 3 livros da saga,
mesmo havendo uma determinada situação que me entristece.
No geral, “Vida e morte” não é um
livro espetacular nem nada do tipo, mas foi um bom entretenimento e me diverti
mais do que lendo “Crepúsculo”.
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